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CEFET-MG

Seminário Agrotóxicos e o Colapso Ambiental

Segunda-feira, 5 de novembro de 2018
Última modificação: Segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Seminário Agrotóxicos e o Colapso Ambiental: refletindo sobre a tecnociência no capitalismo e a contraposição da Agroecologia

O evento tem como objetivo debater, por meio de um seminário no âmbito do CEFET-MG, as questões que envolvem o debate atual sobre os agrotóxicos e o colapso ambiental, entendidos a partir das reflexões em torno da produção tecnocientífica no interior do capitalismo, fomentando possibilidades alternativas com base em outros modelos de conhecimento e práticas sociais fundamentados na Agroecologia. A tecnociência designa os recentes processos de empresarialização da ciência e dos espaços de ensino e pesquisa, em que o diálogo para além dos muros institucionais é visto e subordinado estritamente pelo mercado. A emergência desse modelo tecnocientífico é concomitante a dois fenômenos sociais fundamentais para se pensar na sociedade atual. O primeiro deles o que se chama de modelo neoliberal hegemônico. Outro fenômeno pós-1970 é o que se chama de um consenso social e científico em torno dos riscos da degradação ambiental e que, para alguns, levaria o mundo ao “colapso ambiental”.
Sobre os agrotóxicos, o Brasil é o maior consumidor dessas substâncias no mundo, desde 2008. O modelo do agronegócio brasileiro é baseado nos pacotes tecnológicos agrícolas, que envolvem a mecanização da produção, a utilização de adubos químicos e agrotóxicos. Atualmente, essa situação é agravada diante de uma conjuntura política de tentativa de alteração da legislação sobre os agrotóxicos que está em tramitação no Congresso brasileiro, que pretende flexibilizar a legislação vigente, aumentando o risco sobre o meio ambiente e a saúde da população brasileira. O aumento do uso dos agrotóxicos e a flexibilização da legislação de controle desse uso são uma ameaça ao direito humano à alimentação adequada. Diante dessa situação, a agroecologia surge como uma alternativa crítica à produção de alimentos, contrapondo-se a tais modelos e práticas.
A Agroecologia é tida como uma ação que envolve saberes e práticas que operam transformações nas relações sociais e de produção, possibilitando alternativas muito concretas para a constituição de uma nova agenda que envolva o diálogo entre os espaços acadêmicos e as comunidades, superando a separação entre campo e cidade e atuando em torno da preservação ambiental. Mais do que técnicas de plantio e cultivo, a Agroecologia ultrapassa fronteiras e se sedimenta numa reflexão que envolve uma concepção da tecnologia como produção social, portanto coletiva e apropriada como tal.

Inscrições: http://bit.ly/agrotox1cos

Confira a programação completa neste link.